segunda-feira, 10 de novembro de 2008

And she keeps on going...education terminator parte ... sei lá

Desta vez em Cinfães...nem lá estamos a salvo!


Pais e encarregados de educação das escolas básicas de Tuberais, Covelas, Frementães ou Desamparados, entre outras, estão a equacionar o fecho das escolas dos filhos como forma de protesto pela ausência de tarafeiros, situação que leva a que as crianças fiquem durante vários momentos do dia sozinhas na escola.



Os contratos com tarafeiros que asseguram apoio aos alunos antes e depois do horário das aulas terminaram a 24 de Outubro, mas o Conselho Executivo do Agrupamento Vertical de Cinfães ainda lhes prolongou o vínculo até sexta-feira, na esperança que o Ministério da Educação resolvesse o problema.
"Já alertamos o Ministério e a Direcção Regional de Educação do Norte para a falta de acompanhamento e insegurança dos alunos fora do horário lectivo, mas até agora não houve resposta", diz Manuel Pereira, presidente do Conselho Executivo do Agrupamento de Cinfães.



Entretanto, posteriormente à publicação desta notícia no site do Expresso, a directora Regional de Educação do Norte, Margarida Moreira, assegura que o incidente estará resolvido já amanhã. No entanto, a questão dos novos contratos com os auxiliares só podem ser efectuados a partir de Janeiro de 2009.
Manuel Pereira alerta para o perigo que é deixar crianças tão pequenas, com idades entre os 6 e os 10 anos, sem alguém que tome conta delas e que seja capaz de pedir ajuda no caso de um aluno se sentir mal. "O horário dos professores é das 9h às 15h30, excepto nos dias em que têm de dar aulas de apoio ao estudo. Quem fica com os alunos das 8h30 às 9h e ao final da tarde, até às 17h30?", questiona Manuel Pereira.



A boa vontade dos professores, que foram hoje mais cedo trabalhar e ficaram até mais tarde, "não é solução", sustenta o líder do Agrupamento de Cinfães, lembrando que também a partir de hoje foram cortados os serviços de limpeza.
Maria Andrade, professora da Escola de Tuberais, entrou hoje mais cedo e saiu mais tarde para não deixar os alunos sozinhos, mas avisa que esta não é solução até porque também tem compromissos familiares que a impedem de cumprir estes horários.



O mesmo se passa em relação à limpeza, que diz já ter feito algumas vezes mas não fará de forma sistemática. "Se há dinheiro para pagar subsídios a quem não faz nada, também há-de haver para quem trabalha e é indispensável no funcionamento de uma escola", diz Maria Andrade.
Ana Bela Monteiro, professora em S. Cristovão, escola que dista 20 minutos de carro de Tuburais, onde tem a filha de seis anos a estudar, garante que não a deixará sozinha à porta da escola. "Sou de Carrazeda de Ansiães, fui destacada para aqui e não tenho família nem conhecidos que fiquem com a minha filha. Isto tem de se resolver, porque não vou deixar uma criança tão pequena sozinha", garante Anabela, desesperada sem saber o que fazer amanhã. "É uma insegurança terrível", acrescenta.



Celisa Silva, mãe do Vasco, também de seis anos, é enfermeira no Centro de Saúde de Cinfães. Hoje avisou que chegaria mais tarde porque não podia deixar o filho só. "Não sei o que vai acontecer. O pai do Vasco ainda entra mais cedo do que eu e os avós moram longe e não conduzem. Sozinho à porta da escola é que não o deixo. Vamos protestar e fechar a escola se for preciso", frisa celisa, avisando que os pais irão ainda chamar o delegado de Saúde para inspeccionar o estado de limpeza e higiene da Escola de Tuberais.




in Expresso

Chamem a Sara Connor...



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